Procuremos o Senhor, incansavelmente, e deixemo-nos alcançar por Ele. "Não tenham medo! A vida com Cristo é uma aventura maravilhosa. Só Ele pode dar significado pleno à vida. Só Ele é o centro da história. Vivam por ele!" (João Paulo II).

Os Jovens e a Religião (Frei Betto)


 Pesquisa da psicóloga Marilda Lipp, da UniCamp, constatou que o medo de Deus é a principal causa de stress em crianças de 7 a 10 anos. Deus é um dos recursos utilizados pelos pais para coibir os filhos. "Não faça isso que Deus castiga." As crianças tendem ser adultos inseguros ou perfeccionistas. Talvez por isso muitas crianças, ao atingirem a adolescência, não se interessem por religião. Não se reza em família, não se freqüenta a Igreja, não se lê a Bíblia, nem se participa de movimentos pastorais.
No entanto, há nos jovens uma enorme fome de Deus. Muitos procuram saciá-la fora das Igrejas, lendo Chico Xavier. E assim, poucos chegam à consciência da experiência de Deus, à pratica regular da oração, ao engajamento que traduz a fé em compromisso com a justiça. Nos tempos como Semana Santa e Natal, certas escolas mobilizam a comunidade, de modo a aprofundar o significado da Páscoa e trocar Papai Noel por Jesus. Procura-se despertar no educando o interesse pela Bíblia, o gosto pela oração, a visão crítica diante de uma sociedade que exalta a competitividade, vulgariza a violência e, na sua impotência de amar, exibe o sexo como carne no açougue.
Introduzir a formação religiosa nas famílias e o nas escolas é dever de quem se propõe a formar cidadãos livres e conscientes. Mesmo porque, se a escola não instrui e família não ensina, a mídia se encarrega de dar a sua versão, pois não há enlatado Norte-americano que com seus rambos e justiceiros deixe de ensinar, a seu modo, o que é bem e mal, justo e injusto, quem merece prêmio ou castigo. E, nesse caso, fora das leis do mercado não há salvação.
Se os jovens aprendessem que Deus é o Amor que habita em seus corações, e não um juiz vingador, muitos não precisariam recorrer à fuga das drogas e, na idade adulta, não ensinariam a seus filhos que fidelidade e sujeição são sinônimos. A lei seria superada pela justiça e a disciplina pelo afeto. Se, além das fórmulas, soubessem rezar e meditar a presença inefável do Espírito em seus espíritos, cresceriam livres e felizes como aqueles que descobrem que "Ele não está longe de cada um de nós, pois Nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos dos Apóstolos 17,27-28).


FONTE: http://www.salvatorianos.org.br/desafio/edicao91/jovens.htm

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